Search
TwitterPinterest
15/1/2021
Corpo

8 perguntas que você já deveria ter feito à ginecologista

Sabe aquelas dúvidas "íntimas" que você sempre teve vergonha de perguntar à sua médica? Nós fomos atrás das respostas. Confira!

Time Alice me disse
Dúvidas na hora de ir ao ginecologista

Conteúdo pelo Time de Saúde com participação especial da Lissandra Stein, ginecologia e obstetra da Comunidade Médica Alice

Atualizado em 15/01/20

A pior pergunta é a que você não faz. 

Sim, o conhecimento não chega na sua porta, toca campainha e senta para o chá enquanto te explica tudo o que você precisa saber sobre a vida. Ele vem, principalmente, das perguntas que você faz. E quando o tema é a sua saúde íntima, não é diferente. 

Pensando nisso, convidamos a Lissandra Stein, ginecologia e obstetra da Comunidade Médica Alice, para responder 8 perguntas sobre saúde íntima que que todo mundo, independente do gênero, sexo ou preferência sexual, deveria saber.  

Vamos lá!


1. A masturbação pode romper o hímen?

É muito pouco provável. É o seguinte: o hímen é uma membrana que fica na entrada da vagina, onde está o orifício por onde passa a menstruação, e a inserção do dedo ou de absorvente interno não tem força para chegar a romper a membrana. 

Há décadas o hímen é considerado um símbolo da virgindade na nossa cultura, mas ter o hímen intacto não é sinônimo de ser virgem. Até porque, existem diversas formas de sexo que não incluem penetração.


Além disso, algumas mulheres podem nascer sem o hímem, outras podem ter orifício maior, e nem um nem outro caso indica se a pessoa teve ou não relações sexuais.

Cada corpo é um corpo. Aliás, existem diversos tipos de vagina e também de hímen. Por isso a  importância de se conhecer e a masturbação é uma das melhores formas para isso. 


2. Mulher virgem pode usar tampão (absorvente interno)?

Sim. Como já disse, o hímen é uma fina membrana que fica próxima à entrada da vagina e que tem um orifício que permite a passagem da menstruação. Quando a mulher usa o tampão ela insere o tampão por essa passagem.

Dúvidas sobre tamanho e como colocar? Converse com sua(seu) ginecologista, ok?

3. Cistos de ovário são normais?

Sim, é normal e comum que a mulher tenha cistos no ovário. Todo mês durante o ciclo menstrual os hormônios da mulher fazem com que o ovário produza pequenos cistos e, com o estímulo hormonal, um desses cistos irá crescer e se tornar o cisto dominante (aquele do qual o óvulo irá ser liberado). 

Existem outros cistos mais complexos que podem precisar de algum tipo de tratamento mais específico, nesse caso o ultrassom pode diferenciá-los dos cistos ovulatórios. 

4. Sabonete íntimo, posso usar? 

A vagina da mulher tem um PH ácido (variando de 3,8 a 4,2), gerado pela presença de bactérias (lactobacilos) que permanecem em equilíbrio. O uso do sabonete íntimo dentro da vagina pode afetar esse equilíbrio e, com isso, gerar predisposição a infecções. 

Já na parte externa (na vulva, que são os pequenos e grandes lábios) o uso de qualquer tipo de sabonete para a limpeza do dia a dia está liberado, tanto o íntimo quanto normal. 

Importante: o uso do sabonete íntimo após as relações não previne a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis, para isso o recomendado é usar o preservativo, masculino ou feminino.


5. É normal sair secreção na calcinha?

Toda mulher tem uma secreção chamada de  fisiológica que é transparente ou levemente esbranquiçada, sem odor, e que não causa nenhum tipo de coceira ou irritação. 

Essa secreção varia ao longo do ciclo menstrual. Geralmente ela é mais fluida na primeira metade do ciclo (entre o fim da menstruação e 14 dias após o início da menstruação) e fica um pouco mais espessa após o 14º dia do ciclo.

O ideal é se conhecer. Assim você saberá dizer quando há mudanças na cor ou odor da secreção. Aí, não tem jeito: é hora de procurar seu Time de Saúde para avaliar melhor.


6. Sexo oral numa mulher pode passar DST? Tem um jeito de se proteger?

Ao contrário do que muitos acreditam, o sexo oral também pode transmitir infecções. Isso porque para que haja transmissão de infecções é necessário que mucosas (da boca, da vagina ou do pênis) entrem em contato.

Dentre as principais infecções que podem ser transmitidas dessa forma estão o HPV (causa verrugas nos órgãos genitais e boca), gonorreia (causa um tipo de corrimento), herpes (causa pequenas “bolhas” e ardor) e sífilis. 

Para evitar a transmissão, o sexo oral deve ser protegido por camisinha masculina ou feminina. Outro ponto importante é avaliar os órgãos genitais do parceiro/ parceira quando for fazer sexo oral, já que algumas infecções, como HPV, podem ter manifestações visíveis, como a presença de verrugas.

Mas atenção: a ausência de lesões não exclui as infecções.

7. Orgasmo, tive ou não tive?

Em geral o orgasmo é uma sensação intensa que dura alguns segundos e deixa uma sensação agradável em seguida, mas a sua forma de se manifestar varia bastante de pessoa para pessoa. 

Alguns sinais que podem indicar um orgasmo na mulher:

<h3_pink>1) Contração tanto na vagina quanto no útero<h3_pink>

<h3_pink>2) Uma leve cólica<h3_pink>

<h3_pink>3) Vagina mais lubrificada, dando a sensação de que o pênis entra e sai com mais facilidade, caso esteja fazendo sexo com penetração<h3_pink>

<h3_pink>4) Mamilo endurecido e a contração do corpo como um todo<h3_pink>

Mas NÃO existe uma regra. 

O melhor jeito de saber se você chegou ao orgasmo é conhecendo seu corpo. Para isso, um caminho bastante saudável e eficaz é a masturbação (quer saber mais sobre orgasmo e sexualidade, confere aqui a live com nossa também ginecologista Olívia Oléa).

8. É verdade que existe um ponto G na mulher? Onde fica?  

A existência do ponto G como estrutura anatômica (um ponto específico onde encontram-se terminações nervosas capazes de levar a mulher ao orgasmo vaginal) é controversa. Alguns pesquisadores acreditam na sua existência, outros não. No nosso glossário sobre termos íntimos explicamos um pouco mais. 

Onde seria, afinal? A região do ponto G fica localizada na parte anterior da vagina a 2-3 cm de sua entrada. 

Mas o fato é: algumas mulheres relatam ter orgasmos mais intensos quando a parede anterior da vagina, onde fica o ponto G é estimulada, sendo que, para outras, essa região não é o melhor ponto de estímulo. Então, tudo depende.

Independente disso, o melhor caminho é conhecer seu corpo e os pontos que lhe dão prazer. Teste a estimulação de diferentes pontos, seja sozinha(o) ou acompanhada(o).

Leia mais: Glossário Íntimo

Se inscreva na

newsletter alice

com conteúdo que faz bem

Thank you! Your submission has been received!
Oops! Something went wrong while submitting the form.