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13/10/2021
Corpo

Como identificar os sinais de lesões no joelho

Sabe aquela dorzinha no joelho que você sentiu no futebol do fim de semana? Ela não pode ser ignorada. Veja dicas de como preparar o seu corpo para o esporte.

Ana Beatriz Rosa
Imagem de dor no joelho

Você passa a semana inteira trabalhando sentado e sonhando com aquele momento de relaxamento do final de semana? Pode ser o futebol com os amigos, a pedalada na ciclovia ou só uma corridinha “pra aquecer”. 

Ao fim do exercício físico, o corpo reclama. Uma dor no joelho, um incômodo na lombar ou aquela sensação de que suas pernas estão pesadas demais até para andar até a esquina.

A atividade física traz inúmeros benefícios para a saúde, mas ela deve respeitar os limites e o preparo adequado de cada corpo. Uma dor sinaliza que algo não está certo com os seus músculos e articulações. Por isso, ela não pode ser ignorada.

A seguir, preparamos um guia de como se preparar para a prática de esporte e evitar lesões.


A importância dos músculos para evitar lesões

O que provoca uma lesão no joelho

Pense em uma balança: de um lado está a capacidade funcional do seu corpo, do outro temos a demanda específica de cada prática esportiva.

Se aumentamos demais a demanda e não preparamos o nosso corpo adequadamente, causamos um desequilíbrio entre esses pratos. O resultado disso? Provocamos uma lesão.

Uma das reclamações mais comuns entre os atletas amadores é a lesão no joelho. 

“A articulação do joelho é complexa”, explica o diretor médico da Alice, Mário Ferretti. “O primeiro passo é entender que toda demanda deve ser acompanhada da melhoria da capacidade funcional. Por isso a gente precisa de repetição e constância. Fazer exercício, qualquer que seja, uma vez por semana pode não ser suficiente para o nosso corpo entender o que a prática demanda das nossas articulações.”

Quando se trata do joelho, segundo o médico, é preciso prestar atenção no aumento gradativo de carga que a articulação aguenta para evitar as situações de incômodo ou dor.

“A dor no joelho tem diversas causas. Pode estar relacionada a musculatura, tendão, osso, cartilagem, menisco e membrana. A mais comum é a dor por demanda excessiva, seja no tendão ou em outra parte. Se você não prepara os seus músculos de outras regiões do corpo, você sobrecarrega o joelho”, argumenta o médico.

Como fortalecer o joelho

A boa notícia é que as lesões podem ser evitadas.

Isso é possível com um treino adequado para fortalecer a musculatura do joelho, respeitando os limites individuais. 

Esse treinamento demanda uma constância e uma carga específica, que precisa estar alinhada com a anatomia individual.

“É muito importante realizar uma avaliação para entender o que funciona para você, pois a depender do tipo de fortalecimento, isso pode acabar sobrecarregando o joelho. Alguns fatores devem ser controlados, como amplitude do movimento, carga e intensidade de cada exercício”, explica Mário Ferretti.

Além do fortalecimento, outras rotinas podem ser incorporadas na sua prática esportiva para diminuir as chances de dor e incômodo. Elas passam pela realização de alongamentos e aquecimentos, além do uso adequado dos equipamentos, acessórios e calçados, e também por uma alimentação equilibrada e de hidratação adequada.  

Os exercícios de equilíbrio e flexibilidade também ajudam a preparar o seu corpo para as diversas práticas esportivas. 


 

A diferença entre alongamento e aquecimento

Alongamento e aquecimento são coisas distintas. O ideal é você aquecer previamente a uma prática esportiva, não alongar. 

O aquecimento serve para elevar a temperatura e preparar a musculatura para sobrecarga que você vai gerar durante determinado exercício, por isso é importante aquecer com exercícios que façam sentido para as articulações que você vai trabalhar.

“Existem alongamentos ativos e passivos. Eles servem para aumentar a nossa flexibilidade tanto pros gestos do dia a dia quanto para o esporte. Podem ser feitos em momentos diferentes do treino. Por exemplo, alongar em dias alternados aos dias de corrida, alongar membro superior em dia de treino de membro inferior. Isso evita a concorrência entre as musculaturas e a sobrecarga”, explica o preparador físico Caio Komino, do Time de Saúde da Alice.

E lembre-se: o alongamento pode até ser feito após a prática de exercício, mas mais com um caráter de relaxamento do que com o objetivo de aumentar a flexibilidade. 


Como se preparar para a prática de um novo esporte

O primeiro passo é conversar com seu Time de Saúde ou um profissional de sua confiança para entender o que cada esporte demanda do seu corpo e entender qual a transferência de carga que a prática vai te exigir. 

Vai experimentar o kitesurf? Maravilha! Mas, antes de você começar, que tal fazer duas a três semanas de preparo para que você comece o esporte de forma segura? 

Experimentou o kitesurf e gostou? Quer incluir na sua rotina? Fale com o profissional para que ele ajuste a sua demanda. 

O treino precisa ser individual e responder às demandas e os estímulos que você precisa. Uma coisa é um treino para uma pessoa fazer kite, jogar futebol, remar de caiaque; outra coisa é apenas para ter uma rotina mais saudável. 

O seu Time de Saúde vai poder te guiar e entender as demandas de cada prática e como o treino controlado (musculação, funcional) é a melhor ferramenta para evitar lesões e melhorar a sua performance. 


Qual o papel do treino de força para preparar o nosso corpo para outros esportes

O treino de força é uma das ferramentas mais importantes para evitar danos ao nosso corpo. Muitas vezes, esses problemas são silenciosos. A gente não percebe ou não sentimos a gravidade do que está acontecendo. 

Pode ser com uma dor que a gente ignora, um incômodo que a gente releva e acaba gerando uma lesão muito forte. Isso acontece porque o corpo é demandado e não está preparado, então ele colapsa sozinho. 

Como diminuímos a chance de lesão? Fortalecendo e tendo constância nos exercícios físicos.

“O trabalho de preparar as musculaturas pontuais, como quadril e joelhos, é considerado como um trabalho de base que pode evitar novas sobrecargas em outras regiões do nosso corpo”, explica o preparador físico Léo Fukuda, do Time de Saúde da Alice.

“Por exemplo, fortalecer a musculatura arco plantar, a musculatura de quadril e centro do corpo, tudo isso ajuda a estabilizar e diminui a sobrecarga em membros inferiores, evitando a lesão”, ressalta. 


Como identificar os sinais de lesão 

Um dos sinais que podem indicar uma possível lesão é a dor muscular muito intensa pós-exercício. 

“A dor pode acontecer após uma prática esportiva, mas é preciso prestar atenção na intensidade. Se toda vez que você vai no futebol do fim de semana você fica ‘quebrado’ durante três a quatro dias, essa é uma notificação do seu corpo de que essa carga não está legal”, explica Fukuda. 

Se você sente dores em regiões específicas do seu corpo após o esporte, isso também é um sinal de alerta. 

O ponto é: nem toda dor é um sinal de alerta, mas se essa dor estiver fora do seu normal é preciso investigá-la. 

“A depender do nível da lesão, reverter esse quadro pode demandar sessões de fisioterapia e até cirurgias. Ou seja, precisamos minimizar os riscos de agravamento. É preciso pensar a longo prazo”, defende o preparador físico.

Então, se o pensamento de "tô com dor, mas vou jogar" for comum para você, lembre-se de se cuidar. 

Se o esporte é algo que você gosta tanto assim, tem que se preparar e diminuir os riscos de lesão para não precisar ficar fora de campo.


Os principais sinais de alerta para uma lesão

  • Falta de condicionamento físico e preparo; 
  • Má execução técnica de exercícios específicos; 
  • Falta de aquecimento prévio às práticas esportivas; 
  • Cansaço e sobrecarga; 
  • Excesso de peso


Os principais sintomas de uma lesão

  • Dor aguda; 
  • Hematomas; 
  • Edemas (inchaço);
  • Prejuízos na mobilidade;
  • Instabilidade;
  • Perda de força e fadiga;
  • Crepitações no joelho (barulho e estalos nas articulações) 

Nesses casos, é importante consultar o seu Time de Saúde ou um profissional de confiança. Mas existem algumas estratégias que podem te ajudar em caso de sintomas de lesão, como a aplicação de gelo no local. 

A temperatura baixa ajuda a diminuir a sensibilidade da dor e do processo inflamatório. Outro ponto importante é evitar as atividades que aumentem a dor ou colaborem para o agravamento da lesão.  Não se esqueça: é importante respeitar o período de repouso nessas condições.



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