Dormir bem é essencial para o nosso bem-estar tanto físico quanto mental. No entanto, cada vez mais o momento de desconexão e descanso tem se tornado um desafio. Para algumas pessoas, rolar o feed das notificações em smartphones parece ser mais fácil do que acalmar os pensamentos antes de dormir. Não à toa que as dificuldades relacionadas à qualidade do sono fazem parte da realidade de 65% dos brasileiros, de acordo com a Associação Brasileira do Sono.
Mas será que nós sabemos o que é dormir bem?
É exatamente essa a pergunta que a série Guia Para Dormir Melhor, produzida pelo Headspace em parceria com a Netflix, busca responder. Ao longo de sete episódios, o programa apresenta dicas de como melhorar o descanso com ajuda da meditação e tenta desmistificar conceitos equivocados em relação ao nosso sono.
A partir dos diálogos com especialistas e análises de casos reais, é possível entender um pouco mais da ciência por trás do sono, bem como compreender o mecanismo que serve de gatilho para episódios de insônia e também refletir sobre o uso de medicação para dormir.
Privação de sono X Insônia
Você já deve ter experimentado essa sensação em algum momento da sua vida: ao abrir os olhos, parece que o sono durou poucos segundos. Você ainda se sente cansado, e essa fadiga te acompanha em um modo “zumbi” ao longo do dia. Os pensamentos se tornam cada vez mais nebulosos, e é possível que você tenha sentido alguns efeitos fisiológicos, como ardência nos olhos e dor de cabeça.
A privação de sono ocorre quando um período de sono inadequado leva à diminuição do desempenho e do estado de vigilância e à deterioração da saúde do indivíduo. Esse é um conceito usado pela medicina e definido com base na duração do sono de cada pessoa.
Estudos demonstram que, para um adulto, a média de sono deve ser de 7 a 9 horas diárias. Mas estar descansado envolve muito mais do que a quantidade de tempo que você passa deitado na sua cama.
Tanto a insônia quanto a privação de sono estão relacionados à insuficiência do descanso. Porém, há uma diferença entre elas. Pessoas com insônia têm dificuldades para dormir, mesmo que tenham disponibilidade de tempo para se desconectar das atividades do dia a dia e relaxarem.
Já a privação de sono está associada ao sono fragmentado ou ainda a um sono com uma duração mais curta do que a necessária para o pleno descanso. Isso se dá, muitas vezes, em contextos de pessoas que não conseguem realizar o seu descanso devido às obrigações e compromissos diários, mas também a comportamentos que afetam negativamente a rotina do sono, como o uso de telas antes de dormir.
Os efeitos do mindfulness na qualidade do sono
Seria simples se a nossa mente tivesse um botão de “liga” e “desliga” para ativarmos na hora de dormir. Mas é impossível desassociar aquilo que acontece no nosso dia a dia e os impactos na qualidade do nosso descanso. Mas e se a gente pudesse construir mecanismos para lidar com essas emoções e gerenciar nossos pensamentos de modo a garantir o nosso tão merecido descanso? Não é algo tão simples quanto desativar um botão, mas é possível de concretizar por meio da prática.
Pesquisas relacionaram o mindfulness como ferramenta de prevenção de distúrbios do sono. Isso porque a prática provoca um efeito de relaxamento que é capaz de aliviar os gatilhos de estresse que impactam no sono. Com ajuda de uma rotina de sono, o mindfulness também promove exercícios de respiração que trazem a atenção para o momento presente e afasta o indivíduo do ciclo de ansiedade gerado por pensamentos sobre o passado e o futuro.